História

Paranhos dista cerca de 10 quilómetros da sede do concelho de Amares, do distrito de Braga e tem por orago da Freguesia S. Lourenço, celebrado anualmente no dia 10 de Agosto.

O topónimo "Paranhos" é um indício de antiguidade do povoamento, pois é um derivado do topónimo "Paramo" do Português antigo " Paranho", "lugar com privilégios de honra". As inquirições de D. Dinis, em 1290, mandavam que, após a morte do "amo", quem o tivesse servido em vida, lhe "emparasse" o lugar, dando-lhe o nome de "Paranho", ou seja, amparando, ou "defendido por honra". Contudo muitos senhores de propriedades, em abuso de casais, de tal regra se serviram para fugir á fazenda e por isso o rei aboliu o privilégio.

Paranhos foi uma vigairaria da apresentação do reitor de S. João de Coucieiro. No termo de Vila de Regalados, passando depois a reitoria. Paranhos pertencia então, ao Conselho de Entre Homem-e-Cávado; esteve ainda anexada a Caldelas, a Sequeiros e a Souto.

Quanto ao património cultural edificado, sobrevivem em bom estado de conservação: a Igreja Paroquial e o seu jardim envolvente, o Cruzeiro das Lages (restaurado ultimamente, possui um parque de merendas), o cruzeiro da rua da Sra. da boa viagem, os espigueiros situados ao longo da localidade, a corte de pedra de Calvêlo e o marco geodésico no alto do talefe (no monte cerdêda).

Paranhos está situada a este da margem esquerda do rio Homem, povoada de matagais e giestas, sendo uma zona privilegiada em caça, existindo mesmo uma zona de caça associativa “o clube de caça dos amigos de Paranhos” que atrai inúmeros populares e forasteiros.

No aspeto económico, a agricultura, apesar de ser uma actividade tradicional em Paranhos, sofreu grandes evoluções nas últimas décadas, permitindo que se evoluísse a nível de produção, o que no entanto trouxe alguns aspetos negativos. Pois com o aumento da mecanização, houve uma diminuição considerável da mão-de-obra, pelo que a população que deixou de trabalhar nos campos, teve que se preocupar com outros meios de sobrevivência, o que por vezes implicava a procura de emprego nos centros urbanos.

Atualmente existem três empresas ativas, uma atividade de pirotecnia artesanal de Domingos Simões & filhos, que se tem vindo a manter ao longo dos tempos, é uma arte que vem mantendo as tradições, sendo sempre necessária nas festas e romarias da Freguesia de Paranhos ou noutras vizinhas; outra na área da construção civil e obras públicas de José Manuel Dias Fernandes, lda, que emprega atualmente pessoas de Paranhos, e outra empresa na área comercial Café Maia, sendo o único estabelecimento comercial atualmente na localidade.